Eu falo contigo. Mesmo que tu não ouças, mesmo que não compreendas a minha voz, eu falo contigo. Falo através das flores, das frutas, da natureza. Falo através do que tu sentes sempre que te deres oportunidade de contemplar. E sempre que falo, digo-te o que fazer. O que é melhor para ti, a nível evolutivo e experimental. A nível de luz.
Mas nem sempre me ouves. Nem sempre olhas as flores, nem sempre contemplas. Nem sempre paras para me ouvir. Quando falo, dou-te conselhos, direcções. Mostro-te para onde vai a tua vida, e para onde devia ir, por onde és mais feliz e por onde mora a desgraça. A escolha é sempre tua. Só mostro caminhos. Não os escolho. E para quem não ouve, sobra a perda. Quem não me ouve não pode corrigir nada, apenas sofrer a perda e tentar aprender com ela.
A perda, seja ela qual for, serve para que compreendas que o caminho não estava certo. Mas qual é o verdadeiro caminho? Depois da perda, há a compreensão de que é necessária a mudança. Mas mudar para onde? Mudar para quê? É essa a resposta que deves empenhar-te em descobrir. Tens uma vantagem sobre todos os que não olham para os sinais. Sabes que é preciso mudar. Os outros ainda não sabem disso.
Resumindo: só te falta saber «onde» mudar. E para teres essa resposta, olha para o teu coração, olha para os teus mais íntimos planos. Aquilo que «sabes» que tens de fazer, embora ainda te falte a coragem; aquilo que achas ilógico, precipitado e imaturo. Quanto mais rótulos depreciativos o teu ego tiver colocado no teu sonho, mais forte ele será, e mais urgente também.
Aproveita a perda. Se o que achavas que era bom e seguro já não o é, se o que achavas que era certo já não o é, se o que consideravas «normal» não deu certo, então aventura-te. A perda já tens. O não já tens. Agora aposta no teu mais improvável sonho. Aproveita a perda para ires à procura da tua felicidade.
O LIVRO DA LUZ – Pergunte, O Céu Responde,
de Alexandra Solnado
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