por Tania Paupitz de Souza - tania.paupitz@gmail.com
Serenidade é sinônimo de tranqüilidade, paz interior, harmonia, calma. É um estado de alma, significando ter a confiança de tomar decisões sábias acerca do caminho a seguir.
Juntando a esta definição, gostaria de incluir uma frase que escutei de um grande amigo, que diz o seguinte: "Não se preocupe com pequenas coisas e lembre-se que tudo são pequenas coisas”. A serenidade começa quando nós estamos tão bem conosco que nada pode nos perturbar e somente uma pessoa que está vivenciando o seu processo de autoconhecimento, conhecendo o seu verdadeiro Eu, sabe que nenhum fator externo poderá fazê-la feliz ou infeliz.
Diante de uma agressão ou ofensa, podemos perder a serenidade, mas sabemos que ninguém pode nos ofender ou magoar se nós não o permitirmos; quando damos poder para que outro nos tire do sério, estragando o nosso dia, estamos bastante distantes de atingir esse estado sereno e tranquilo.
Dia desses, lendo um artigo numa revista, uma frase me chamou atenção: "O mal que os outros me fazem, ou parecem fazer, não me faz mal, porque não me faz mau; somente o mal que eu faço, ou pretendo fazer aos outros é que me faz mal, porque me torna mau; e antes de fazer, ou parecer mal aos outros, já fez um mal real a mim mesmo". Pode parecer complexo, mas sabemos que quando desejamos ou fazemos algo prejudicial a uma pessoa, estamos de uma certa forma, prejudicando muito mais a nós mesmos.
Quando "Gandhi", pelo fim de sua vida repleta de injustiças, foi interrogado se havia perdoado a todos os seus inimigos, respondeu serenamente: “Não, porque nunca ninguém me ofendeu”. Como iniciado na suprema verdade sobre si mesmo, sabia que nenhuma das numerosas ofensas recebidas tinha atingido seu verdadeiro EU, sua ALMA, o seu Cristo interno. É assim que a serenidade atua em nosso interior, mantendo-nos inflexíveis a tudo que vem do exterior.
Ao praticarmos a serenidade, descobrimos que somos capazes de continuar sendo uma pessoa positiva, mesmo em meio a um grande tumulto de crises e conflitos. Percebemos que os problemas existem, mas podemos permanecer serenos e confiantes.
Acredito que ao nos doarmos aos outros a serenidade surge de maneira mais espontânea.
É quando nos voltamos para o exterior, procurando olhar para as necessidades e os problemas das pessoas que estão à nossa volta que nossos próprios transtornos são contemplados. Examinando nosso caminho rumo à serenidade, podemos descobrir que temos ainda muito que aprender.
Penso que uma das maneiras de praticarmos a serenidade começa pela nossa doação, nossa disponibilidade interna em fazermos o bem a alguém, seja ele de que maneira for: ajudando a cuidar de velhinhos num asilo, dando aula de artesanato num Hospital para portadores de Câncer, ajudando a separar roupas num abrigo para sem-tetos...Todos nós temos algo único e valioso a oferecer e essa nossa disponibilidade interna em ajudar o nosso próximo poderá nos beneficiar, trazendo a serenidade...
A trilha para serenidade se ilumina cada vez que você demonstra bondade e compaixão para com outro ser humano. É no centro do nosso coração que encontramos a serenidade, quando nos tornamos capazes de integrar nossas mentes com nossos corações e nossas ações com nossas intuições. Nesse momento, encontramos um significado genuíno em nossas vidas, onde a serenidade passa a estar presente.
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