quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Uma porta fechada





Quando uma porta se fecha, só a irás sentir a fechar-se se estiveres à frente
dela. Se estiveres ali, especado. Obstinado. Uma porta só se fecha com ruído
e perda para quem só vê essa saída, e mais nada.

Para quem está cá em cima, elevado… Para quem vê as coisas com o
distanciamento que o céu promove, para quem sabe que tudo o que acontece
de mal é para vos fazer mudar de rumo… essas pessoas não sentem que a
porta se fechou. Sentem apenas que não é por aí. Ou há outra porta, algures, e
é só procurá-la… ou não está no tempo dessa porta se abrir, e é só aprender a
esperar.

Às vezes as pessoas ficam tão obstinadas em tornar a abrir uma porta que se
fechou, que não vêem que mesmo ao lado há um portão incomparavelmente
maior a abrir-se. Olham para o que se fecha, e são incapazes de desviar o
olhar para o que se abre.

Distância. O segredo é ganhar distância. Distância para ver o panorama das
oportunidades e das impossibilidades. Distância para ver os dois lados das
coisas. Distância da terra para estar aqui no alto, mais perto de mim.

O LIVRO DA LUZ – Pergunte, O Céu Responde,
de Alexandra Solnado

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