sexta-feira, 22 de junho de 2018

DESMISTIFICAÇÕES DA ESPIRITUALIDADE
1 – Ser-se espiritual é ser-se uma coisa diferente dos outros.
Começamos por aqui para que o resto das frases possam ser escritas correctamente.
Não.
Ninguém SE TORNA espiritual… TODOS somos espirituais, logo á partida – todos temos um espírito e somos compostos exactamente da mesma forma energética. Não existem umas pessoas espirituais e outras não… Existem pessoas com consciência do que são na totalidade e outras não – isso sim!
2 – As pessoas com consciência da sua espiritualidade só têm amor no coração.
Não.
As pessoas com consciência da sua espiritualidade continuam a ser HUMANAS. E zangam-se. E gritam. E choram. Sentem-se injustiçadas, revoltadas e vítimas. Têm raiva. Ciúmes. E todo um rol de comportamentos disparatados, desequilibrados e irracionais.
No entanto, conhecem o poder da energia do amor – e por isso trabalham em si mesmas a capacidade de albergarem mais e mais desta energia.
3 – As pessoas com consciência da sua espiritualidade são sempre positivas.
Não.
Também duvidam, tropeçam, caiem, ficam ansiosas e com medo. O que acontece é que têm consciência do poder do seu pensamento e por isso, após perceberem que estão num registo negativo, tentam respirar fundo e alterá-lo.
As pessoas com consciência da sua espiritualidade continuam a ser HUMANAS.
4 – As pessoas com consciência da sua espiritualidade só ouvem música zen.
Não.
As pessoas com consciência da sua espiritualidade continuam a ser HUMANAS. O que significa que têm gostos pessoais – como tipos de música preferidos (que naturalmente continuam a ouvir), seja rock, pop, hip-hop, metal, música clássica, música popular…
A música zen serve para relaxar, meditar, concentrar… E, mesmo assim, dentro do que se chama “zen” (dando a ideia de que é música para dormir), existem inúmeros estilos que cada pessoa usa mediante aquilo que mais gosta.
5 – As pessoas com consciência da sua espiritualidade não podem ir a discotecas nem a locais com muita confusão.
Isto não é bem assim.
As pessoas com consciência da sua espiritualidade continuam a ser HUMANAS – logo, frequentam todos os lugares que os humanos frequentam, dentro, lá está, do gosto pessoal de cada um.
O que acontece é que há um trabalho que vai ocorrendo com a energia da pessoa que a torna mais sensível a ambientes confusos e cheios de energias densas. Mas isso é uma questão de energia e não uma regra ou obrigação imposta “porque sim”.
6 – As pessoas com consciência da sua espiritualidade que trabalham na área alternativa e holística, trabalham gratuitamente.
Porquê?
Porque têm um dom e têm que o dar de graça?
As pessoas com consciência da sua espiritualidade continuam a ser HUMANAS – logo, investem tempo, dinheiro e energia em formações para as suas práticas.
Não me parece que haja aqui qualquer diferença de qualquer outro tipo de formação e trabalho, até porque quem tem o dom de desenhar vai, por exemplo, para arquitecto/a e quem tem o dom de cozinhar vai para cozinheiro/a… E todos recebem por isso, certo?
7 – As pessoas com consciência da sua espiritualidade são só luz.
Não.
As pessoas com consciência da sua espiritualidade continuam a ser HUMANAS – (já disse isto?) – com ego, sombra e muitos defeitos.
O que acontece é que sabem da existência de uma parte superior que pode ser resgatada, ampliada, vivida… Mas isso não invalida que tudo o resto também exista e, se querem que vos seja muito, muito sincera, lembrarmo-nos da nossa consciência espiritual e esquecermo-nos da nossa essência humana (ou fingirmos que já não existe) é, a meu ver, vazio. E perigoso.
8 – As pessoas com consciência da sua espiritualidade são especiais.
Ora bem… Voltamos ao ponto 1 – se todos somos espirituais e constituídos da mesma forma energética, significa que todos somos especiais. Certo?
Uns lembram-se, outros não. Usar isso para se fazer passar por superior é feio…
9 – As pessoas com consciência da sua espiritualidade são esquizofrénicas.
É que se nós – que através de meditação acedemos a dimensões paralelas; que facilitamos terapias onde acedemos a vidas passadas; que comunicamos com os nossos Guias de Luz e que recebemos sinais e mensagens dos mesmos…
Mas não.
As pessoas com consciência da sua espiritualidade abrem o leque de conhecimento sobre si mesmas e sobre o que as rodeia, compreendendo o que é a sua terceira visão, a sua intuição, a sua mediunidade e muito do mais que se encaixa naquela zona que ainda se mantém no desconhecido para a generalidade das pessoas – o campo astral e o sexto-sentido.
10 – As pessoas com consciência da sua espiritualidade têm que ser santas e são sempre boazinhas.
Eu vou repetir: as pessoas com consciência da sua espiritualidade continuam a ser HUMANAS. Ponto.
Pode ser diferente para outros (e eu respeito), mas, para mim, é assim que faz sentido.» All in On

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