quarta-feira, 24 de abril de 2013

Evolução e Involução


Não importa o que façamos, a vida sempre segue seu rumo e nós, quanto espíritos, sempre seguimos o caminho da evolução rumo à perfeição. Somos seres perfectíveis, não podemos nos esquecer, e invariavelmente (e a despeito de nossos esforços no caminho contrário) nós não conseguimos involuir.


Sei que esse conceito é estranho, principalmente para quem está acostumado a uma visão mais mítica da espiritualidade, onde podemos aceitar que espíritos “caem” e “sobem” de acordo com sua disposição própria. A bem da verdade, as duas situações estão corretas, o que varia é a forma de interpretá-las.

Espíritos não involuem, ou seja, não retrocedem em seu caminho evolutivo. Não andam para trás. Mas vemos (ou ouvimos) corriqueiramente exemplos disso: espíritos que recaem no mal que praticavam e que foram levados a “buracos” mais fundos do que os que estavam antes. Mais negativos. Isso não é involuir?

Sim e não. Como disse lá atrás, depende de qual ponto você está partindo para interpretar tal situação.

A involução impossível é aquela que diz respeito a iluminação de um espírito. E iluminação (já discutimos a respeito disto) é aprendizado, informações adquiridas e aprendidas. Uma vez aprendida uma lição, ela não pode ser desaprendida.

Nós podemos trazer essa questão para o nosso dia a dia para ficar mais simples: a partir do momento que você aprende que jogar lixo no chão é errado, você nunca mais passará por isso impunemente. Você pode até ignorar a lição e continuar jogando o lixo na rua, convencendo-se de que isso não tem importância ou que é a sua forma de colaborar com a sociedade (mantendo o emprego dos garis… a pior desculpa que já ouvi), mas você sempre sentirá uma pontinha de algum sentimento ruim dentro de você. Você sempre saberá que está fazendo algo de errado. A lição, uma vez aprendida, não é esquecida e isso nos leva ao segundo caso:

Quando falamos de involução querendo dizer o estado energético do espírito, aí nós podemos tratar de idas e vindas, por que nós temos que entender que esta segunda situação é decorrente da primeira. Uma coisa é você matar alguém quando não tem ideia de que isso é errado. Outra coisa é você praticar o mesmo ato depois que já tem ciência das consequências. A consequência, no primeiro caso, pode ser mais branda pois a ignorância não permitia que você avaliasse a situação de outra forma. Depois que estas outras formas lhe forem apresentadas, a ignorância deixa de ser uma desculpa e é daí que temos aquele ditado: a ignorância é uma bênção (isso me traz à lembrança a história Bíblica de Caim e Abel: se não existiam pessoas antes de Adão e Eva e se Caim e Abel eram os únicos filhos do casal, ou seja, se só haviam esses quatro seres humanos vivos no mundo, como Caim poderia ser condenado por praticar um ato que ele não sabia ser errado, já que não existiam assassinatos antes do ato que ceifou a vida de Abel?).

Nós praticamos muito bem essa distinção de significados de evolução em nosso dia a dia, mesmo sem percebermos: quando furamos fila com um amigo, sentimos esse pequeno mal estar pelo ato e ficamos incomodados com isso durante um tempo. Quando estamos sentados no banco reservado aos idosos e deficientes físicos do transporte público e entra alguém cujo banco é destinado, também sentimos isso. Escolhemos não dar importância, mas sentimos e vamos acumulando essa negatividade em nossos corpos astrais. Depois, qualquer coisa que nos ocorra, culpamos o Kharma de uma existência passada.

Como somos ingênuos…
Abs.
Nino Denani
CASA DA VÓ



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