quinta-feira, 29 de novembro de 2012
LEMÚRIA - O ELO PERDIDO
A Lemúria estendia-se de Madagascar a Ceilão e Sumatra. Incluía algumas partes do que é hoje a África. Porém o gigantesco continente, que ia do Oceano Índico à Austrália, desapareceu por completo sob as águas do Pacífico, deixando ver, aqui e ali, somente alguns topos de seus montes mais elevados.
Amplia a Austrália dos períodos terciários à Nova Guiné e às ilhas Salomão, talvez a Fidji, e de seus tipos marsupiais inferem uma conexão com o continente do Norte durante a era secundária.
Uma das lendas mais antigas da Índia, conservada nos templos por tradição oral e escrita, reza que há várias centenas de mil anos, havia no Oceano Pacífico um imenso continente, que foi destruído por convulsões geológicas e cujos fragmentos podem ver-se em Madagascar, Ceilão, Sumatra, Java, Bornéu e ilhas principais da Polinésia. As altas mesetas do Industão, não estariam representadas senão pelas grandes ilhas contíguas ao continente central... Segundo os Brahmanes, essa região havia alcançado um alto grau de civilização e a península do Industão, acrescida pelo deslocamento das águas na ocasião do grande cataclisma, não fez mais que continuar a cadeia das primitivas tradições originadas no mesmo continente. Essas tradições dão o nome de Rutas aos povos que habitavam o imenso continente equinocial; e de sua linguagem é que derivou o sânscrito...
Durante os primeiros dias da Lemúria, erguia-se como um pico gigantesco surgido do fundo do mar, e a área compreendia entre o Altas e Madagascar estava coberta pelas águas até o primeiro período da Atlântida, após o desaparecimento da Lemúria, quando a África emergiu do Oceano e o Altas foi submerso pela metade.
Os pormenores quanto à submersão do Continente habitado pela segunda raça raiz (ver Saint germain - Fraternidade Branca) são algo escassos. Menciona-se a história do Terceiro Continente, ou Lemúria, mas no tocante aos outros há simples alusões. Diz-se que a Lemúria pereceu 700.000 anos antes do começo da chamada era Terciária (período Eoceno).
O cataclisma que destruiu o enorme continente, do qual é a Austrália o principal remanescente, foi ocasionado por uma série de convulsões subterrâneas e pela violenta ruptura de solo no fundo dos oceanos.
Talvez seja esta a razão por que a ilha de Páscoa, com suas maravilhosas estátuas gigantescas testemunho eloqüente da existência de um continente que submergiu, com sua humanidade civilizada, quase não é mencionada nas enciclopédias modernas. Evita-se cuidadosamente fazer-lhe referência, a não ser em algumas narrativas.
Entre a evolução fisiológica final e a construção da primeira cidade lemuriana transcorreram muitas centenas de mil anos. Sem embargo, já estavam os Lemurianos, em sua sexta sub-raça, construindo com pedras e lava suas primeiras cidades rochosas. Uma dessas grandes cidades de estrutura primitiva foi toda construída de lava, a umas trinta milhas (...) do sítio e que agora a ilha de Páscoa estende sua estreita faixa de solo estéril; cidade que uma série de erupções vulcânicas destruiu por completo. Os restos mais antigos das construções ciclópicas foram obras das últimas sub raças lemurianas.
Naqueles dias, frações consideráveis do futuro continente da Atlântida ainda faziam parte integrante do leito do Oceano. A Lemúria, nome que convencionamos dar ao Continente da Terceira Raça, era então uma terra gigantesca. Ocupava toda a área compreendida desde a base dos Himalaia, que a separavam do mar interior, cujas ondas rolavam sobre o que hoje é o Tibet, a Mongólia e o grande deserto de Shamo (Gobi), até Chittagong, prolongando - se a Oeste na direção de Hardward, e a Este até Assam (Annam). Daí se estendia para o Sul, através da Índia Meridional, Ceilão e Sumatra; e abarcando, no rumo do Sul, Madagascar à direita, Austrália e Tasmânia à esquerda, avançava até alguns graus do círculo Antártico. A partir da Austrália, que era então uma região interior do continente principal estendia - se ao longo do Oceano Pacífico, além de Rapa Nuí (Ilha de Páscoa). Esta informação parece estar corroborada pela Ciência, ainda que parcialmente. Quando fala sobre a direção (e movimento) dos continentes e demonstra que as massas infra - árticas acompanham geralmente o meridiano, está a ciência referindo-se a vários continentes antigos, embora indiretamente e como conseqüência devia existir uma proximidade muito grande entre a Índia e a Austrália, e em época tão remota que era seguramente pré-terciária, a Lemúria pereceu, e o que restou dela, resurgiu mais forte do que nunca, conhecida como Atlântida.
Atlântida
Houve uma época que o Delta do Egito e a África do Norte faziam parte da Europa. Antes que a formação do Estreito de Gilbratar e o levantamento ulterior do Continente alterassem por completo o mapa da Europa. A última mudança notável ocorreu há uns 12.000 anos, e foi seguida pela submersão da pequena ilha atlante à qual Platão deu o nome de Atlântida.
A destruição da famosa Ilha de Ruta e da ilha menor de Daitya - que se deu há cerca de 850.000 anos, no fim do período Plioceno, não deve confundir - se com a submersão do continente principal da Atlântida, durante o período Mioceno. Os geólogos façam o que fizerem, não podem reduzir a 850.000 anos somente o tempo que se passou desde o período Mioceno; na realidade, há vários milhões de anos que desapareceu a massa principal da Atlântida.
E a causa do desaparecimento da Atlântida, foram as perturbações sucessivas do eixo de rotação. Começou este cataclismo nos primeiros tempos da era Terciária, e, continuando durante muitas idades, determinou a extinção, pouco a pouco, dos últimos vestígios da Atlântida, com a exceção provavelmente de Ceilão, e de uma pequena parte do que agora é a África.
O debate sobre a existência da Atlântida é bem antigo. Desde os tempos do filósofo Grego Platão, a Atlântida com sua explêndida civilização, chega aos dias atuais como um enigma que originou a publicação de aproximadamente 26.000 livros. Teses de caráter geológico, arqueológico e outras tem servido para aguçar o espírito humano na busca da existência do enigmático continente. Iremos tratar aqui destas teses, que poderão dar um caráter científico às nossas buscas.
De todas as lendas sobre povos e civilizações perdidas, a história de Atlântida parece ser aquela que mais interesse tem despertado. A primeira referência escrita deste mito encontra-se nos relatos de Platão. Nos diálogos Timeu e Crítias é narrada a fascinante história da civilização localizada "para além das colunas de Hércules". É descrita a existência desta ilha continental, bem como os detalhes históricos de seu povo, com sua organização social, política e religiosa, além de sua geografia e também da sua fatídica destruição "no espaço de uma noite e um dia ". Eis parte do diálogo : "...Ouvi, disse Crítias, essa história pelo meu avô, que a ouvira de Sólon, o filósofo. No delta do Nilo eleva-se a cidade de Sais, outrora capital do faraó Amásis e que foi fundada pela deusa Neit, que os gregos chamam Atena. Os habitantes de Sais são amigos dos atenienses, com os quais julgam ter uma origem comum. Eis por que Sólon foi acolhido com grandes homenagens pela população de Sais. Os sacerdotes mais sábios da deusa Neit apressaram-se a iniciá-lo nas antigas tradições da história da humanidade.
Na tradição oral de muitos povos antigos, nos relatos de textos bíblicos, em documentos toltecas e nos anais da doutrina secreta, existem coincidências que nos fazem crer que outrora existiu um continente no meio do Oceano Atlântico, que um dia foi tragado pelas águas revoltas.
Geograficamente, Platão descreve a Atlântida desta forma: "toda a região era muito alta e caía a pique sobre o mar, mas que o terreno à volta da cidade era plano e cercado de montanhas que desciam até a praia, de superfície regular, era mais comprida do que larga, com três mil estádios na sua maior extensão, e dois mil no centro, para quem subisse do lado do mar. Toda essa faixa da ilha olhava para o sul, ao abrigo do vento norte. As montanhas das imediações eram famosas pelo número, altura e beleza, muito acima das do nosso tempo...".
Segundo todos relatos, os atlantes desenvolveram-se de tal forma, que o grau de riqueza alcançado por sua civilização não encontra paralelo conhecido, sendo pouco provável que outros povos viessem a obter tamanha prosperidade e bonança.
A Atlântida possuía 10 reis. Estes soberanos por sua vez possuíam dentro de seus domínios "um poder discricionário sobre os homens e a maior parte das leis, sendo-lhes facultado castigar quem quisessem, ou mesmo condená-los à morte".
O país dos atlantes era dividido em 60.000 lotes e cada um deles tinha um chefe militar.
O aspecto que mais fascina no relato platônico é sem dúvida o que se refere às riquezas da ilha-continente, tanto no que tange às construções, como aos imensos recursos naturais da legendária ilha.
Segundo Platão, a Atlântida possuía a capacidade de prover seus habitantes com todas as condições de sustento, apesar de receber de fora muito do necessário, provavelmente, através do comércio. Havia na ilha grande abundância de madeira que com certeza foram utilizadas nas imensas obras lá construídas, bem como imensas pastagens, tanto para animais domésticos, como para selvagens, incluindo aí a raça dos elefantes, que teriam se multiplicado pela ilha. Por sua vez, toda sorte de frutos, legumes, flores e raízes existiam ali, sendo que o fabrico de essências e perfumes era corriqueiro. A extração de minérios, em particular o ouro, ocorria fartamente em Atlântida.
Diz Platão que de início os atlantes "construíram pontes nos cinturões de mar que envolvia a antiga metrópole, a fim de conseguir passagem para fora e para o palácio real", bem como abriram um canal de três plectros de largura e cem pés de profundidade, ligando o mar ao primeiro cinturão de água, canal este que servia de entrada para embarcações vindas de outras partes. No segundo cinturão, os barcos podiam ancorar com maior segurança, e fazia deste uma espécie de porto.
As águas jorravam no centro da ilha, desde que Poseidon assim quis, também tiveram tratamento dos mais apurados: em suas imediações foram plantadas "árvores benéficas para as águas”, bem como foram construídas "cisternas para banhos quentes no inverno". Havia, contudo, locais próprios para os banhos dos reis, bem como modalidades específicas para as mulheres. Segundo o relato, "parte da água corrente eles canalizaram para o bosque de Poseidon a outra parte era canalizada para os cinturões externos por meio de aquedutos que passavam sobre as pontes”.
Nos cinturões externos de terra, foram construídos ginásios para práticas esportivas e hipódromos, bem como moradia para soldados, hangares para barcos e armazéns para todas as modalidades conhecidas de artigos náuticos. O canal principal que servia de entrada para embarcações era muito movimentado, tanto de dia como de noite, o que demonstra ter sido Atlântida um grande centro comercial de seu tempo.
O palácio real era segundo os relatos "uma verdadeira obra prima de encantar a vista, por suas dimensões e beleza”.
O templo dedicado a Poseidon era cercado por um muro de ouro, que segundo o relato, ele "tinha um estádio de comprimento e três plectros de largura para fora, todo o templo era forrado de prata, com exceção dos acrotérios, que eram de ouro. No interior, a abóboda era de marfim, com ornamentos de ouro, prata e oricalco”.
Havia também no templo estátuas dedicadas a diversas divindades, bem como outras que homenageavam os reis e suas esposas, além de um altar cuja beleza e magnificência não encontrava paralelo conhecido. Essa é resumidamente a Atlântida de Platão, com seus detalhes e maravilhas.
Na conversa que tiveram com Sólon acrescentaram os sacerdotes que calamidades maiores foram às vezes causadas pelo fogo do céu (...) Depois os sacerdotes fizeram saber a Sólon que conheciam a história de Sais a partir de 8000 anos antes daquela data (...) Há manuscritos, disseram, que contém relato de uma guerra que se lavrou entre os Atenienses e uma nação poderosa que existia na grande ilha situada no Oceano Atlântico (...) e mais além, no extremo do oceano um grande continente. A ilha chamava-se Posseidonis, ou Atlantis (...) quando se deu a invasão da Europa pelos atlantes, foi Atenas, como cabeça de uma liga de cidades gregas, que pelo seu valor salvou a Grécia do jugo daquele povo. Posteriormente a estes acontecimentos houve uma grande catástrofe: um violento terremoto sacudiu a terra, que foi depois devastada por torrentes de chuva. As tropas gregas sucumbiram e a Atlântida foi tragada pelo oceano (...) sempre houve e há de haver no futuro numerosas e variadas destruições de homens; as mais extensas, por meio da água ou pelo fogo, e as menores por mil causas diferentes (...) Nas destruições pelo fogo, prosseguem os sacerdotes, perecem os moradores das montanhas e dos lugares elevados e secos, de preferência aos que habitam as margens dos rios ou do mar (...), por outro lado, quando os Deuses inundaram a terra para purificá-la, salvaram-se os moradores das montanhas, vaqueiros e ovelheiros, enquanto os habitantes de vossas cidades eram arrastados para o mar pelas águas dos rios. (...) entre vós outros, mal começais a vos prover da escrita e do resto de que as cidades necessitam, depois do intervalo habitual dos anos, desabam sobre vós, do céu, torrentes d'água, maneira de alguma pestilência, só permitindo sobreviver o povo rude e iletrado. A esse modo, como se fosseis criancinhas, recomeçais outra vez do ponto de partida, sem que ninguém saiba o que se passou na antiguidade, tanto aqui como entre vós mesmos.
A primeira coisa que chama a atenção do pesquisador é a semelhança das referências antigas nesse particular. Na Bíblia o profeta Isaias fala do desaparecimento da Atlântida com palavras bastante diretas: "... Ai da terra dos navios que está além da Etiópia; do povo que manda embaixadores por mar em navios de madeira sobre as águas. Ide, mensageiros velozes, a uma gente arrancada e destroçada; a uma gente que está esperando do outro lado, e a quem as águas roubaram suas terras...” (Is XVIII, 1-2). Também Ezequiel trata do mesmo assunto nos capítulos XXVI e XXXII: “... Disse o senhor: E fazendo lamentações sobre ti, dir-te-ão: como pereceste tu que existias no mar, ó cidade ínclita, que tens sido poderosa no mar e teus habitantes a quem temiam? Agora passarão nas naus, no dia da tua espantosa ruína, e ficarão mergulhadas as ilhas no mar, e ninguém saberá dos teus portos; e quanto tiver feito vir sobre ti um abismo e te houver coberto com um dilúvio de água, eu te terei reduzido a nada, e tu não existirás, e ainda que busquem não mais te acharão para sempre...”.
As citações do Velho Testamento podem ser comparadas às que traz escritas um velho códice tolteca, cuja tradução, feita por Plangeon, diz o seguinte: “: No ano 6 de Kan, em 11 muluc do ano de Zac, terríveis tremores de terra se produziram e continuaram sem interrupção até o dia 13 de Chen. A região de Argilla, o país de Mu, foi sacrificado. Sacudido duas vezes, ele desapareceu subitamente durante a noite. O solo, continuamente influenciado por forças vulcânicas, subia e descia em vários lugares, até que cedeu. As regiões foram então separadas umas das outras, e depois dispersas. Não tendo podido resistir às suas terríveis convulsões elas afundaram, arrastando para a morte seus 64 milhões de habitantes. Isto se passou 8060 anos antes da composição deste escrito”.
Há 100 milhões de anos atrás, a geografia do planeta era bem diferente da atual. As massas continentais encontravam-se unidas, formando um grande continente, cercado pelo mar. Este grande continente conhecido como Pangéia, desfez-se gradualmente ao longo das eras geológicas, até atingir a conformação atual. Este fato é reconhecido pela ciência.
Este processo de separação, se se deu por violentos movimentos tectônicos, às vezes acompanhados de cataclismas violentos, que se prolongaram por milhões de anos. Neste período de deslocamento constante das placas tectônicas, se deram formações de cordilheiras, bem como o desaparecimento de vastas áreas, que submergiram nos oceanos. O local onde os dois grandes blocos continentais se desmembraram (Américas a Oeste - Europa, Ásia e Austrália a Leste) encontra-se demarcada por uma espécie de cordilheira submarina chamada Dorsal Meso-Atlântica.
A Dorsal Meso-Atlântica apresenta inúmeras ramificações, que praticamente chegam a ligar os dois blocos continentais. Ao longo destas colinas submarinas, encontra-se uma enormidade de ilhas vulcânicas que vão de pólo a pólo. Ao norte em plena região ártica temos, as ilhas Pássaros, Jan Mayen e Islândia, mais o sul pouco acima do trópico de câncer encontramos o arquipélago de Açores, Ilha da Madeira e Cabo verde, mais ao sul temos Santa Helena e outras menores; próximo da Antártida destacamos as ilhas de Érebo, Martinica. Desta forma, Atlântida pode ter se constituído numa destas formações marcadas por intenso vulcanismo.
A tese da separação dos continentes encontra um forte respaldo na perfeita combinação da costa brasileira com a costa ocidental da África, que se encaixa como num quebra cabeças, no entanto, no extremo norte, as peças deste quebra cabeças não se encaixam com clareza, isto pode ser percebido nos litorais da Escandinávia, Islândia, Groelândia e norte do Canadá. Entre a costa Norte Americana de um lado e a Europa e norte da África de outro, existir um grande vazio, como se faltasse uma peça do quebra - cabeças. Teria então este vazio relação com o Continente da Atlântida, desaparecido no meio do Oceano?
Denomina-se eras glaciais os períodos em que grandes regiões do planeta estiveram sob um processo contínuo de glaciações, fenômeno este resultante de causas múltiplas e complexas: movimentos orbitais da terra, continentalidade dos pólos, elevação de terras, circulações oceânicas, mudanças na composição da atmosfera e outras.
Ocorreram na história do planeta diversas fases deste fenômeno, desde o período pré-cambriano até bem recentemente. No entanto, dado às dificuldades a pesquisa científica só conseguiu definir de forma minuciosa a última grande glaciação, que ocorreu durante o pleistoceno.
Uma glaciação inicia-se quando após um rigoroso inverno, a neve acumulada não se derrete totalmente com a chegada do verão, sobrevivendo até o outro inverno na forma de gelo. Este fato resfria a região e num acúmulo sucessivo de milhares de anos forma-se uma calota de gelo, cada vez mais resistente criando impactos de resfriamento cada vez maiores.
Há cerca de 80.000 anos atrás, iniciou-se o último grande avanço das geleiras nas regiões norte do planeta, tanto na Europa como na América do Norte, sendo que o fim desta última glaciação deve ter ocorrido entre 20.000 a 10.000 anos atrás.O fim da Glaciação implica na subida do nível dos Oceanos. Esta última é a data fatídica da Submersão da Atlântida.
Houve um tempo na face terrestre, que os homens avançaram muito em conhecimento, aprofundando-se em todas as ciências. Chegaram a realizar viagens espaciais e faziam intercâmbio com todos os planetas do sistema solar. Sua Sabedoria era muito avançada e já se entendiam pela Mente.
Os Atlantes evoluíram a tal ponto que tinham amplos conhecimentos das forças da natureza. Eram homens muito avançados, e com grande sabedoria oculta, praticando a magia em todas as suas formas.
Uniram-se em uma grande nação e fizeram dela um imenso império de Força e Sabedoria. Dizem os anais secretos que nenhum povo foi tão sábio quanto eles; construíram os maiores templos de uma esplêndida magnitude e usavam tudo o que era belo e valioso em suas construções indo buscar os materiais mais sofisticados onde quer que estivessem.
Elevavam-se no espaço em busca de uma grandiosidade maior para si e para a sua nação. Cresceram e multiplicaram-se, aumentando a cada dia o seu poder. Construíram naves espaciais que permaneciam no espaço em intercâmbios com outras civilizações e muitas vezes impunham terror às cidades que não lhes agradavam, destruindo-as com suas forças.
Chegaram a neutralizar a própria morte, conseguiram dominar a matéria. A ciência conseguiu alcançar uma culminância quase inacreditável. No entanto, tanto conhecimento técnico e científico acumulado começou a servir a propósitos condenáveis. Dizem que começaram a criar verdadeiros monstros manipulando genética e cirurgicamente homens e animais, os centauros e minotauros seriam alguns exemplos destas aberrações.
A Sociedade atlântica se subdividia em duas castas ou classes sociais: A dos homens-luz ou da face resplandescente (de face amarela)-mais espiritualizados, e a dos idealistas ou de face tenebrosa (de face vermelha). O processo de degradação moral originou a divisão da nação atlante. Contam os escritos tibetanos que os Idealistas ou homens de face tenebrosa (praticantes da magia negra) assumiram o controle político, obrigando os homens-luz a se refugiar nas montanhas interiores do continente.
Contam ainda os escritos arcaicos: “e o grande rei de Face resplandescente, o chefe de todos os de face amarela, entristeceu-se ao ver os pecados daqueles de face tenebrosa. Enviou os seus veículos aéreos (Vimânas) a todos os chefes irmãos os chefes das outras nações e tribos, com homens piedosos em seu interior, dizendo: preparai-vos. De pé, homens de boa lei! Atravessai o país enquanto ainda está seco. Os senhores da tempestade se aproximam. Seus carros se aproximam da terra. Os senhores da face tenebrosa (os feiticeiros) não viverão mais que uma noite e dois dias nesta terra paciente. Está ela condenada; e serão submergidos com ela. Os senhores inferiores dos fogos (os Gnomos e os elementais do fogo) estão preparando suas AgnYastras mágicas (armas de fogo construídas por meio de magia). Mas os senhores de Olhar tenebroso (olho mau) são mais fortes do que eles (os elementais), que são escravos dos poderosos. Estão aqueles versados em Astra (vidîa, o conhecimento mágico superior)”.
"Que os senhores da face resplandescente (adeptos da magia branca) procedam de modo que os Vimâvas (veículos aéreos) dos senhores da face tenebrosa caiam em suas mãos (ou em seu poder) a fim de que nenhum dos feiticeiros possa, avisados por eles (animais falantes), escapar das águas”.
* NOTA -os animais falantes eram maravilhosos, feitos artificialmente e de estrutura mecânica, animados por um Din (elemental). Falavam e davam aviso a seus amos (os feiticeiros) de todo perigo iminente. Segundo os relatos, somente o sangue de um homem puro podia destruí-lo.
“Que os de face amarela enviem sonos (hipnóticos) aos de face tenebrosa. Que eles ainda lhes evitem (aos feiticeiros), a dor e o sofrimento. Que todos os homens fiéis aos Deuses Solares (os de face amarela), paralisem todos os homens dependentes dos Deuses Lunares (os feiticeiros), para que não sofram nem escapem a seu destino. E que todos os de face amarela dêem sua água da vida (o sangue) aos animais falantes dos magos de face tenebrosa, para que não acordem os seus amos. É soada a hora, a noite negra está próxima. E o grande rei deixou pender sua face resplandescente e chorou...”.
"Quando os reis se reuniram, já havia começado o movimento das águas, e as nações já tinham passado sobre as terras enxutas. Estavam muito além do nível das águas. Seus reis as alcançaram nas suas Vimânas e as conduziram ao país do fogo e do metal (Nordeste)”.
"Choveram estrelas (meteoros) sobre os de Face tenebrosa; mas eles dormiam. Os animais falantes (os vigilantes mágicos) não se mexeram. Os Senhores inferiores (os elementais) aguardavam ordens, mas estas não chegaram porque os seus amos dormiam. As águas se elevaram e cobriram os vales de um extremo a outro da terra. As terras altas ficaram e os países para onde migraram os homens de face amarela e olhar reto (a gente sincera e franca). Quando os senhores da face tenebrosa despertaram e procuraram suas Vimânas para fugir das ondas que subiam, viram que tinham desaparecido”.
"Alguns magos de face tenebrosa, mais poderosos, que haviam despertado antes dos outros, perseguiram aqueles que os tinham despojado. Os perseguidores - cujas cabeças e peitos sobressaiam acima das águas (magos gigantescos), lhes deram caça durante três períodos lunares, e finalmente, alcançados pelas águas, foram mortos até o último homem”.
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