segunda-feira, 11 de junho de 2012
Chakra esplenico
Eis aqui algumas considerações sobre a confusão que as pessoas fazem em relação ao chacra esplênico (Baço) e o chacra do baixo ventre:
O chacra gênito-urinário é conhecido por vários nomes, dependendo da doutrina ou movimento espiritualista que o mencione: Sânscrito: "Swadhistana" ("Morada do Prazer"); China (Taoísmo): "Tan Tien inferior" ("esfera do elixir interior"); Japão: "Hara" ("Parte inferior da barriga"); Ocidente: "Sacro" ou "Chacra do baixo ventre" ou "Chacra sexual".
Na verdade, a função desse chacra ultrapassa em muito a função genital. Ele também controla as vias urinárias e as gônadas (glândulas endócrinas: testículos no homem; ovários na mulher) e é responsável pela vitalização do feto em formação (função essa que divide com o chacra básico). Aliás, a ligação desse dois chacras é estreita demais. Isso se deve ao fato de que parte da energia kundalini é veiculada do básico para dentro do chacra sacro. É por esse fator que alguns tibetanos consideram esses dois chacras como um único centro. Devido à sua intensa atuação energética na área genital, o chacra sacro normalmente é suprimido por várias doutrinas espiritualistas ocidentais, muito presas à condicionamentos antigos sobre sexualidade. Muitas delas colocam o chacra esplênico em seu lugar. O motivo disso é simplesmente o tabu em relação à questão sexual. É um absurdo, mas alguns autores de livros chegam a trocar o nome dos dois chacras, chamando o esplênico de sacro ou o sacro de chacra do baço. Alguns chegam mesmo a tirar o bija-mantra do sacro e colocá-lo no baço, que nem mesmo tem bija-mantra em sânscrito. Os orientais não sofreram a repressão sexual imposta aqui no Ocidente pelo Cristianismo.
Daí, não hesitaram em classificar o chacra sexual como um dos principais centros de força do campo energético. Porém, consideraram o chacra do baço apenas como um centro de força secundário. É por isso que eles falam em sete chacras principais.
Aqui no Ocidente, também fala-se de sete chacras principais, mas costumam exonerar o chacra sexual da classificação e colocar em seu lugar o chacra do baço. O chacra do baço é importante na questão da absorção de vitalidade para o corpo, mas não é um dos centros principais. É apenas um repositor energético que ajuda o chacra cardíaco a distribuir a energia pela circulação do sangue.Por isso, ele nem mesmo é mencionado na tradição iogue como um centro importante. No corpo físico o baço é uma víscera situada ao lado esquerdo do estômago, logo abaixo das costelas esquerdas. Retém células mortas da corrente sangüínea e as destrói. Também produz glóbulos vermelhos e brancos e transporta nutrientes para as células, via corrente sanguínea. Na medicina chinesa, ele é considerado junto com o estômago como um orgão só, associado ao elemento terra. Aqui no Ocidente, quem divulgou mais a questão do chacra do baço foi Charles Webster Leadbeater, discípulo de Blavatsky, colega de Annie Wood Besant e seu colaborador direto na condução da Sociedade Teosófica nas primeiras três décadas desse nosso século. Ele era um clarividente respeitável e muito competente. Por conta do que via nos planos extrafísicos, escreveu dezenas de livros ("A Clarividência"; "O Que Há Além da Morte"; "O Lado Oculto das Coisas"; "Os Chacras"; etc). Mas, ele tinha vários problemas em relação à sexualidade, talvez pelo fato de ter sido reverendo. Por esse motivo, ele suprimiu o estudo em cima do chacra sexual (ele dizia que era um centro perigoso para o desenvolvimento espiritual da pessoa) e colocou em seu lugar o chacra esplênico.
A partir dele, outros autores ocidentais tomaram a mesma postura, esquecendo-se de que o chacra do baixo ventre não é meramente um chacra de ativação da energia sexual, mas também um centro gerador e plasmador de vida, pois é por sua ação (conjugada como chacra básico) que o feto é energizado e desenvolve-se. E é o controlador das vias urinárias (não é a toa que na tradição iogue ele está relacionado ao elemento água).
Resumindo: O chacra sacro é no baixo ventre. O chacra esplênico (derivado do inglês: "spleen": "baço") é no baço. São chacras diferentes mesmo. Há muito mais chacras do que os sete principais. Há chacras secundários nas palmas das mãos, plantas dos pés, pulmões, fígado, estômago, orelhas, mandíbulas, ombros, joelhos, entre as escápulas (omoplatas) e espalhados por todo corpo. E, em escala menor, pode-se dizer que para cada poro do corpo há um pequeno chacra em correlação direta no campo vibratório correspondente.
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Wagner Borges
Portal Arco Íris
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